O lugar foi trabalhado em conjunto com o desenho do objeto arquitetônico, com a intenção de levar o espaço natural exterior para o interior da obra.
Este projeto foi criado a partir do paisagismo: o jardim se desdobra por todo o terreno de forma escalonada, chegando a um jardim central, onde existia um antigo damasqueiro, contido entre os dois espaços internos principais. A incidência da luz busca criar um espaço permeável entre exterior e interior e é absorvida através de clarabóias e uma pele envidraçada em quase metade do perímetro do projeto.
A cor branca do interior e os móveis claros refletem e contrastam com as sombras da vegetação que cerca o projeto. Um dos muros perimetrais de tijolo adentra o interior, de modo a se conectar visualmente com o exterior. Alcança-se isso também espacialmente: na sala de estar, ao se abrir ela completamente. No programa os espaços principais estão separados fisicamente, porém conectados visual e espacialmente através do pátio central do damasqueiro. A clarabóia principal atravessa o projeto, aumentando a percepção do espaço exterior no interior do projeto.
Estratégias sustentáveis passivas aplicadas
- Faz-se uso de ventilação cruzada.
- A sauna está orientada para norte para aumentar sua temperatura interior.
- O jardim projetado foi concebido para a colheita de alcaparra, lavanda, romero rasteiro, louro e ervas.
Deste modo, a paisagem é uma “paisagem ativa”, isto é, trata-se de uma paisagem que cumpre mais funções do que simplesmente servir para a contemplação.